A vulnerabilidade como aliada

Imagem ilustrativa para o texto A vulnerabilidade como aliada, de Juliana Melo
Foto: Pixabay

*Juliana Melo

O ano começa e com ele muitos planos e intenções de continuar a semear e quem sabe colher frutos de uma caminhada em busca de me compreender e viver a partir da minha essência, me despir das máscaras que fui acumulando ao longo do tempo pra me proteger de mim mesma.

Logo nos primeiros dias do ano, uma mensagem da minha querida amiga Sarah Nascimento me convidando a escrever nesse projeto do blog Vida de Adulto.

Dou saltos mortais por dentro.

Fico muito, muito feliz. Até porque, em sua mensagem, ela fez honrosos elogios à minha escrita, me deixando muito orgulhosa de mim mesma.

Rapidamente me vejo a pensar num tema. Começo a rascunhar algumas ideias. Mas não concluo nada. A mente acelera e me sinto entrando num redemoinho de emoções. Tento me convencer a todo momento de que eu não sou boa o bastante e chego a pensar em desistir. Tenho prazo e o sofrimento aumenta.

Mas tenho me especializado cada vez mais em ser uma observadora das minhas emoções e não me confundir mais com elas. Resolvo então partir de um ponto que tem sido a grande chave do meu projeto no Instagram @jornadaindigo.

Decido me despir, me mostrar completa em minha vulnerabilidade.

Sinto um medo absurdo de não ser o bastante, de não agradar, de não corresponder às expectativas. Mas quando reconheço isso, todo o meu medo fica pequenininho, fica lá num cantinho da mente, acuado. E cresce a minha autoconfiança.

O texto é cuspido de dentro de mim. Sem pausas. E aqui faço um convite a quem me lê. Aproveitem o início do ano, quando a gente intenciona e planeja nossos próximos passos, para se permitirem viver a partir da sua verdade.

Especialmente nesses tempos de redes sociais somos ainda mais tentados a criar máscaras. Mas certamente uma vida plena requer que aceitemos quem somos em essência e todas as emoções que permeiam nossa experiência. Permitam-se se vulnerabilizar.

Que alegria estar aqui!


*Juliana Melo, do @jornadaindigo, é servidora pública, mãe, esposa, filha, mas entende que, à parte de todas essas identidades, é apenas um ser em busca de sentido.

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