Casa de vento
Um dia,
abri a janela
e fiquei repleta de vento…
Não foi vento encanado,
como o que matou Brás Cubas de pneumonia
Foi vento impulsivo
Inquieto
Tal qual Iansã
Ou seria vento de criação?
Eu já sabia
É nas tormentas que a gente cria…
Mas, nessa ventania,
eu queria fazer boemia
Equilibrar versos em ventos
que varrem dores
e assobiam amores…
*@sandra.poesia é poetisa, autora do livro Casa de Vento. Ela abre diariamente a janela para deixar o vento entrar.