O que devo levar?

Foto: Fernando Franco (@ ffrancophoto)

@revarandas
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Na última semana, recebi dois convites para encontros na casa de amigos. Em ambos os casos, depois de prontamente aceitá-los, perguntei: “O que eu devo levar?” Da minha amiga, ouvi: “Traga seu sorriso”. Do meu amigo, escutei: “Traga-te”. Assim o fiz. De mãos vazias, cheguei sorrindo e recheada de mim. Era só o que eu tinha pra dar naqueles dois momentos.

Assim como nos convites para encontrar amigos em que perguntamos “o que devo levar”, pessoas –quase que diariamente – entram na nossa vida e invariavelmente trazem algo. E a gente abre a porta e, muitas vezes, escancara o coração.

No meu caso, tem gente que fica na minha vida porque traz todo santo dia algo novo, nem que seja chocolate ou saudade. Outras chegam, mas não se demoram. Duram o tempo suficiente pra deixar uma marca, um legado, um aprendizado, uma lembrança.

Hoje, vejo que todas as pessoas que bateram à porta da minha vida chegaram trazendo alguma coisa boa. A vantagem é que nenhuma delas me perguntou: “Renata, o que devo levar?” Simplesmente chegaram e me entregaram o que tinham/podiam naquele momento. Peguei, guardei e zelo por tudo que recebi.

Mas e eu? O que eu levei pra cada um dos meus amigos e amores? Será que em algum momento perguntei: “O que devo levar pra você? O que você espera de mim?” Difícil admitir que, em inúmeras vezes, bati à porta dessas pessoas sem oferecer o que eu tinha de melhor. Doava o meu mínimo. Peço desculpas a você se te decepcionei. Agora, prometo não prometer nada. Não tenho muito a oferecer ultimamente. Vou de mãos abanando mesmo. Hoje, levarei só meu sorriso e um vinho. Pode ser?


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