Meu novo mundo


Foto: Natália Godoy e Juliano Azzevedo

*Luíza Tiné

A minha vida vai mudar e confesso que tudo isso me parece bem assustador. Quando paro para pensar em como será daqui para frente, um turbilhão de sentimentos vem juntos. Criamos tantas expectativas, mas, de repente, tudo sai do script. Muitas vontades, nova rotina e aceitação.

Criamos um roteiro em nossa cabeça, tentamos segui-lo, mas quando menos esperamos, a vida nos mostra outro caminho. Aí pronto, meu mundo caiu. Como aceitar essas mudanças não esperadas, se não tive nem tempo de realizar o que planejei? E aquela pessoa idealizada, aquela viagem… pra onde foram? Como vai ser? Não sei. O que hoje sei, é que colocamos expectativas em pessoas e situações, mas a verdade é que nossa vida e como vamos viver só depende de nós.

Erramos, acertarmos e erramos de novo e não há nada de criminoso nisso. As pessoas tentam outra vez todos os dias. É preciso ter serenidade para viver essa realidade não esperada e aceitar que cada vírgula e ponto estão onde deveriam estar. Tudo o que não está dentro do nosso roteiro foi escrito para tornar nossa vida mais especial, nos fazendo fazer crescer e aprender a viver.

Tenho aprendido que melhor do que se frustrar com nossas expectativas, ou a falta delas, é nos alimentar de fé e serenidade. Serenidade para aceitar o que nos foi dado e fé por acreditar que, se assim está acontecendo, uma força maior está nos mostrando que existe algo melhor do que foi desenhado por nós mesmos. Expectativas fazem parte, nos motivam para algo, só não podemos fazer nossa felicidade dependente dela.

Tenho feito um exercício diário para compreender e tirar o melhor do que me foi dado. Existe uma situação que não posso mudar, mas vou aprender o máximo com ela. Quero fazer valer a pena… errando, aprendendo e vivendo! Por fim, hoje estou certa de que os planos só servem para serem mudados, e o pequeno filho que está em meu ventre veio para me mostrar tudo isso.

*Luíza Tiné é jornalista nascida em Brasília, morou em Londres, apaixonada por palavras e mãe do Davi. A vontade de escrever vem de uma lembrança, de uma música ou das histórias que escuta na caminhada da vida.


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