Sabe…

Foto: Fernando Franco

*Natalie Machado

Passei meu segundo grau inteiro ouvido de um professor de redação: “Só o sofrimento constrói!”.

Que frase forte! Eu nunca achei que ela, algum dia, fizesse sentido na minha vida. Passei por uma fase difícil. Dificílima, aliás. Há uns quatro anos, saí de um casamento falido. Mas o amor, mesmo que ingênuo e, às vezes, imaturo, nunca faltou. Isso sempre teve de sobra.

O sofrimento veio. O luto permaneceu durante muito tempo. Até que “ufa!”. Parece que voltei a respirar. O fato é que as letras do amor se desmancharam ralo abaixo. Mas o sofrimento, muito sofrimento, ressignificou o respeito.

A partir daí, vieram uma série de transformações e mutações internas. Muitas pancadas e surpresas na caminhada. Impossíveis de serem compreendidas por todos. Não mais do que por mim mesma. Em um longo processo de autoconhecimento.

Até o ponto de perceber que a vida pode até bater, surrar, mas o amor… Ah, o amor… Ele acolhe, ele respeita, ele te reconstrói. E quando falo disso é sentir em abraços e reciprocidades no olhar de cada palavra dita em um universo fraterno que, aqui, conseguimos iniciar e transcender em outros nichos.

O sofrimento pôde até me calejar, mas eu, pelo amor a mim mesma, prefiro seguir o outro caminho.

Obrigada, @vidadeadulto.

*Natalie Machado é mãe, jornalista e aprendiz da vida.

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