“Tô de olho” nos seus pés

Foto: Arquivo pessoal

*Carla Caroline

Mais uma vez estou aqui, sentada, olhando os passantes que travam “batalhas” com os desafios diários. Enquanto muitos olham os looks ou apreciam as belezas físicas que permeiam o cotidiano, meus olhos estão atentos a três coisas: aos títulos dos livros que os seres carregam; aos diálogos frenéticos e aos pés. Sim, pés!

A galera passa e fico em busca das cores dos sapatos, formatos, marcas, estilo e, claro, ao quão bonito ou não são os dedos, as unhas, o esmalte e até mesmo a cutícula de cada um que transita pelos mesmos trajetos que eu.
Depois de fazer uma pequena análise do humano em questão, por meio de seus pés, subo e tento entender se o “julgamento” está correto. Em muitos casos, me engano. Então, respiro, dou risada e sigo com a minha maluca “brincadeira”.

Outro dia, no trabalho, ao final do expediente, o assunto “pés” veio à tona. Em meio a “análises” e gargalhadas, percebi que há dois times: os que observam os pés alheios e o que sequer “percebem” que eles existem.

Mas você deve estar aí se perguntando: “Será que ela é podólatra ou algo do gênero?”. Não. Confesso que não! Porém, antes de me casar (meu companheiro e filha têm pés bonitos, adianto), quando conhecia alguém, logo olhava os pés e imaginava: “Se ‘vingar’ e tivermos filhos, a criança poderá herdar os dedos e o formato bonito do pai”.

Ufffaaa… Deu certo! #mejulguem! A explicação para tudo isso é simples: meus pés são feios! Fiz mais de dez anos de ballet (então, imaginem o desastre) e durante esse tempo os membros inferiores daqueles que estavam ao meu redor eram bem esquisitos, únicos e, diante das minhas “análises”, feios! Além disso, os pés da minha mãe e dos meus irmãos, também são meio “judiados”, diria!

Após fazê-los olhar para baixo e perceber os pés de vocês, me deem licença que vou correr pra fazer as unhas dos pés, usar meu esmalte vermelho básico e deixar as coisas mais dentro dos MEUS padrões!


*@carlacaroline25 é colaboradora fixa do Vida de Adulto. Escreve aos domingos, a cada 15 dias.

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