Intensidade

Foto: Arquivo pessoal

*Tereza Neves

Como sobrevive um ser intenso num mundo onde a maioria das pessoas vive do raso? Há quem prefira molhar o pé na onda e há quem mergulhe no mais profundo azul e alcance as zonas abissais, escuras? Densas? Mas de uma beleza intocável e única.

Ser intenso é aceitar a urgência da vida. É rir, chorar, amar, trabalhar, dedicar, acariciar, sorrir, se calar, se fechar, se doar e tudo no mais profundo exagero de não conseguir represar o amor que sente pela vida. Nem raso demais nem profundo demais.

Há quem diga que esse é segredo da vida: O EQUILÍBRIO.

Como dizer a um ser intenso que ele deve mergulhar até a metade? Quem sabe onde é a metade? No mar profundo, veremos coisas que poucos tem o privilégio de ver, nos abraços mais longos somos capazes de cicatrizar feridas, nos vôos mais altos somos capazes de contemplar o azul mais intenso do céu e a beira do mar contemplamos a incrível beleza de ver o sol se pondo.

Na fome de viver, de ser e de sentir, prefiro exagerar no amor, nos abraços, no carinho, nos sorrisos, nas palavras doces e gentis, nos elogios, nas pequenas insanidades. Porque se no minuto seguinte a vida não mais existir, não haverá nada represado, não dito, não vivido.

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