Prestem atenção nas mães, elas são vitais para os seus bebês

Foto: Aline Bittencourt

*Thaise Brasil

A maternidade é um mundo desconhecido e a simbiose de “tornar-se mãe”é mais obscura ainda. Não importa a quantidade de livros, vídeos ou aulas que você fez para te preparar para essa nova fase, com exceção de como trocar uma fralda ou dar um banho, o resto, bom, é sem guia e na escuridão.

Para começar, ser mãe é saber que por alguns meses após o nascimento da criança você estará em uma overdose de hormônios que te fazem amar insanamente aquele novo ser e, ao mesmo tempo, te deixam completamente descompensada. Aqui pode rolar o baby blues. Sim, é real e, quando a criança nasce, as mamães precisam de muita, mas muita atenção.

E aqui vem outro alerta importante e que ninguém te prepara para – você ficará sozinha, sem aquele bebê que fez parte de você por tanto tempo. Você terá medo e se sentirá insegura e desamparada. Todas as atenções serão destinadas ao novo membro da família.

Muito provavelmente será julgada e sofrerá um certo bullying sobre o que é certo e errado na jornada da maternidade, afinal todo mundo gosta de dar pitaco e relatar a própria experiência. Não se sinta só, isso acontece com muitas! Aceite e confie no seu instinto, ele funciona!

Comigo foi um pouco assim. Li e vi milhões de coisas práticas sobre a maternidade. Quando o último bebê da sua família tem mais de 20 anos, tudo o que você sabia sobre crianças fica distante. Achava que tinha tudo o que precisava para encarar a nova jornada, mas não era bem assim.

Aprendi com meus erros e, a partir deles, reparei o quão importante é a sororidade. Mães precisam se apoiar, e não julgar umas às outras. Somos as melhores que podemos ser.

Infelizmente, no meu caso, me faltou “mãe”. Curiosamente estou escrevendo esse texto no dia da saudade, e toda vez que penso no nascimento da minha filha, me pergunto como seria se eu tivesse minha mãe comigo, ou minha avó.

Talvez tivesse sido diferente, talvez não, nunca saberei. Mas não nego que senti falta do afago e da compreensão. Sim, minha filha era a novidade e, portanto, o centro das atenções, mas ela era também a materialização de novos desafios que viriam pela frente.

*Thaise Brasil de Moraes é jornalista gaúcha que mora em Brasília há 5 anos. Agora, aos 35 anos, mãe de uma menina linda de dois anos e experimentando a vida adulta sem rede de apoio.

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