Montanha russa
Algo que sempre vivi
Porém nunca nomeei
Longas e demoradas subidas
Que eu, muitas vezes, cansei
Sentei, chorei, me tranquei
Nenhuma saída eu via
Na emoção descontei
Tudo o que eu não entendia
Coitada de tanta gente
Que mais próxima eu convivia
Soltei todos os meus cachorros
Em quem não merecia
Aos poucos fui me acalmando
E após o ápice descia
As vezes rapidamente
Outras mal percebia
Conselho eu recebia
De alguma gente amiga
Que já tinha até passado
Por maior agonia
De que adiantava a loucura
Se nem assim resolvia
O jeito era aguardar
A chegada da calmaria
De tanto me comparar
E outras saídas buscar
Eu aprendi a olhar
E empatia criar
Ninguém daquilo morria
Haveria eu de acalmar
E com muita sabedoria
Me coloquei a pensar
Aos poucos fui listando
O que estava me incomodando
Soluções fui criando
E meu eu modificando
Hoje sou outra pessoa
Que não desespera à toa
Busco solução à frente
E não vejo perigo iminente
Sei que problemas virão
Mas solução buscarei
Não me debruçarei em choro
Por mudança que não tentei
E aí finalizo o ciclo
Da subida e descida da mente
Que sabemos todos na vida
Que tudo isso é frequente
*@marichavesdf é psicóloga por formação
Pedagoga por paixão
Psicopedagoga em construção
Estudo LIBRAS por opção
Comunicação não pode faltar
Até no silêncio estou a falar
E escrevo, desenho, Pinto e Assobio!
Estou sempre a me conectar.