Do que você tem medo?
Aparentemente, nossa lista de medos aumentou, dobrou, triplicou. Ela tem gráficos cada vez mais elevados, tal qual a pandemia do coronavírus e as tristezas que assolam nosso Brasil. A curva do medo só cresce. Nada de estabilidade.
Ontem fiz uma lista dos meus medos.
Depois, fui afunilando um a um, somando daqui e resumindo acolá. O resultado foi um só: tenho medo de não ser feliz.
Afinal, a felicidade plena só será alcançada quando os medos forem superados. Quando a gente perceber que cada medo nos trava um pouco. Que cada freada, nos limita. Que cada “calma aí” nos evita um “que delícia”.
Mas eles são inevitáveis e hoje são maiores que ontem. Qual a receita pra vencer? Cada um de nós tem uma. Aquele segredinho. Aquela solução que esconde o medo aqui e salva o dia, a semana, o mês, a vida…
Não me lembro se fui uma criança com medo de correr, de cair ou de dormir no escuro. Mas tenho certeza de que, há alguns anos, descobri minha fórmula contra o medo: me jogar! Mergulhar no desconhecido.
Se dá medo? Claro que dá.
As vezes freio, ligo para as amigas, peço conselhos, falo com a mãe. No final, só me jogo, mesmo que isso vá contra alguns dos melhores conselhos. Mesmo com medo. E assim vou seguindo. Naquela certeza, que eu mesma pintei, de que a felicidade é minha opção única.
E você? Do que tem medo? Como lida com ele?
*@robertaluizae é retrato de liberdade; jornalista, viajante, goiana e tem 37 anos.