Curadora ferida e renascida
*Fabrícia Meira
Em 2017, movida por uma busca pela consciência do prazer e da paixão como processo terapêutico para tratar dores físicas e amenizar dores emocionais, fui atrás de um curso de pintura de mandala em MDF, já que sempre fui apaixonada por tintas.
Não imaginava que um curso feito de forma tão despretensiosa me abrisse portas tão profundas no caminho do autoconhecimento. Ali no centro da minha primeira mandala estava uma flor de lótus, como uma chave para mim! Com um brilho central, solta no universo e com o que poderiam ser várias setas apontadas pra ela.
Sua atuação simbólica despertou algo em mim. Logo depois da mandala, comecei a frequentar sessões de Body Talk e a ir mais às reuniões de constelação familiar. Numa constelação em particular, descobri mais a fundo o significado daquela flor.
Voltei pra terapia, dessa vez a junguiana, que aborda os conteúdos simbólicos e arquetípicos, já que a minha busca havia começado há anos, na faculdade de psicologia. Veio então o curso de reiki, a formação em constelação familiar, e alguns atendimentos. O chamado ia crescendo em meu coração.
Este caminho não é nada fácil. As dores ainda existem. Mas o brilho no meio da flor de lótus está em processo de expansão. A psicóloga que deu uma grande pausa está de volta. Sim, sou uma curadora ferida, que tocada pelas dores da vida se torna ainda mais sensível e apta para curar as dores do outro, com a mesma gentileza e cuidado com o que cuidou das suas próprias.
Uma curadora ferida, renascida, como tantas outras. Na verdade, como os melhores curadores são, como diz o próprio Jung.
*Sou a @fabriciavmeira19. Filha, irmã, tia, esposa, mãe, de volta ao caminho profissional que faz meus olhos brilharem. No Instagram, @amandalademim
Muito grata a este blog que tanto acrescenta com seus ótimos textos! Gratidão especial ao “empurrão” que tive pra escrever um texto e a deixar aberto o perfil profissional. ♥️…..