30 é a idade do sucesso?

*Marcela Gomes

Recentemente publiquei duas fotos numa das minhas redes sociais. O objetivo do antes x depois era causar um momento de reflexão aos receptores da mensagem. Sempre acompanhado de um hoje muito melhor do que ontem.

E qual será o objetivo da vida, senão o de evoluir sempre? Dia após dia.

Ao publicar as duas imagens imaginei que a primeira reação seria a comparação sobre o meu peso. Hoje, com 12 quilos menos do que naquela época.

Pois bem, na foto número 1, em maio de 2018, eu comemorava meu aniversário de 30 anos. Uma data muito especial para todas as mulheres, como se diz “30 é a idade do sucesso”.

Eu tinha uma ideia tão distorcida da minha caminhada até então, que acreditava não haver sucesso em nada daquilo que havia feito até ali. Estava triste, havia chorado e estava acompanhada de pessoas que de longe já teria que ter deixado pra trás. Presa num espectro de melancolia contínua. Havia chorado por conta de um simples balão de aniversário que virou motivo pra uma discussão.

Para minha surpresa, ao publicar, as poucas pessoas relacionaram a evolução à perda de peso. O comentário que mais recebi foi “empoderada”.

Hoje, aos 32, me considero uma mulher de sucesso. A diferença é que aprendi que essas realizações não estão relacionadas às conquistas profissionais e pessoais, mas sim à luta da caminhada.

Aos 12, meu sucesso era ser bailarina. Aos 15, a aprovação num processo seletivo. Aos 17, ingressar numa faculdade… E por aí vai. Suas conquistas podem parecer pequenas hoje, mas ao voltar nos seus pensamentos e encontrar aquela jovem menina do passado é possível perceber o quanto desejou cada uma delas e como elas são significativas pra você.

O empoderamento está em descobrir que é possível se livrar de tudo que te faz mal. Que a alegria e felicidade dependem unicamente de você e em poder revisitar o passado e sorrir ao encontrar suas lembranças.


*@marcelasantosgs. Sou jornalista, advogada, mestranda em Mídia e Tecnologia pela Unesp e mãe do Nietzsche, meu filósofo peludo e de quatro patas! Saí da casa dos meus pais aos 17 anos em busca do sonho de cursar a faculdade de jornalismo. Meu pai foi contra. Afirmou que conhecia vários jornalistas que estavam morrendo de fome, mas eu – teimosa que sou – afirmei que na vida tem que fazer o que se ama e eu sempre tive a certeza de que o jornalismo estava no meu futuro. Cá estou, jornalista por amor.

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