Quantos amores você já teve?
Quantos você manteve em você ao ponto de modificar partes tão íntimas?
Quantos amores passaram por mim, alguns foram casa, outros deixaram tudo fora do lugar!
Uma bagunça que leva tempo para organizar, cansa.
Alguns levaram meses, anos, longos anos.
Outros, tempo necessário para morar pouco tempo.
E aquele amor do eterno looping?
Tipo montanha-russa, sabe?
Aqueles que dizemos adeus só para dizermos “olá”novamente.
Eu sou apaixonada, esse fogo me move, me dá vida e eu gosto!
Já amor, amar!? Hoje me pergunto…
Eu já amei?
Eu já te amei?
Se sim, foi uma única vez.
E, talvez, essa certeza me deixe frente a um precipício, claro, com medo de saltar.
Quantos amores são necessários para colocarmos as coisas de volta no lugar? Voltar encaixar, sabe?
Quantas vezes mais precisaremos seguir o ritmo da respiração?
O movimento de prender e soltar?
Por que essa dança tem ou precisa seguir o ritmo de chegadas e partidas?
Começamos com o mundo em nossas mãos!
Finalizamos com ele partido por debaixo dos nossos pés.
Sabe o que é estranho?
Parece que ele, o amor, nunca mais encaixará em um outro mundo de um outro ser partido.
Porque o amor pra mim se tornou isso, partes e partidas de mim e do outro.
Um coração, uma vida, um mundo, tantas vezes dividida.
E hoje?
Sem a expectativa de…
“Calma, não estou partindo, desta vez, eu vim pra ficar”.
*@lepesqueur_dalila é ariana, intensa. De tanto se perder, fez morada nela mesma.