Vida desalinhada não para em pé
Você olha sua vida em ordem, mas não está. Cobra-se que deveria estar feliz e lamenta não saber o que falta. Da pele pra fora, às vezes, não falta nada mesmo – casamento, filhos, carreira consolidada, estabilidade financeira… Tudo provido e até gerando experiências felizes. A questão é:
– E da pele pra dentro?
A pele é o maior órgão do corpo humano. É a nossa interface com o mundo neste planeta. A tela analógica que delimita a fronteira do visível com invisível.
Familiares e amigas testemunhas oculares da minha história têm me dito ser difícil imaginar que eu estivesse passando internamente pelas dores emocionais reveladas em alguns textos.
Faz sentido a surpresa, afinal eu não transparecia. “Da porta pra dentro”, queria sigilo total.
Como, porém, ser plena, quando sinto uma coisa e demonstro outra? Como ter paz pensando de um jeito e agindo de modo contrário, por exemplo, para agradar? Como ter saúde emocional, quando a raiva e/ou a tristeza vibram em meu corpo e têm de se converter em neutra gentileza, porque não é de “bom-tom” demonstrar o que se sente, ainda mais sendo mulher?! E as ações, são coerentes? Falo de honestidade, mas dou “meus jeitinhos”, cobro atitudes da vida de todo mundo e não sei melhorar a minha…
A mente é astuta, mas não há saúde física e emocional que aguente! Uma vida de mundos duplos, escondidos descompensa qualquer um. Exaurido, você exige a energia das pessoas a sua volta. Elas dão o melhor. Pra você é pouco ou não serve. Elas também se cansam…
Se você se identifica, tire uma semana para SE observar. O que precisa alinhar e balancear? Diagnóstico feito, parta pra ação. Talvez a mudança de padrão gere resistência interna. Sustente e persevere. A consciência de que você se basta e de que tudo o mais vem pra somar, não para preencher, virá e embebida de gratidão com o seu autocuidado.
*@sarahnascimento.evolucao é uma das fundadoras do Vida de Adulto.
