A maternidade com seu grande amor e desafios


Foto: Arquivo pessoal

*Carol Lima

Para mim, ser mãe é uma experiência maravilhosa, avassaladora, visceral.
Me tornei mãe aos 33. A Eva veio junto com a chegada do outono de 2017. Nasceu linda, às 17 horas do dia 27 de março. Veio com o choro forte, escancarado para o mundo. Ela chegou me transformando, me revirando, como uma avalanche.

Daquele momento, guardo comigo a lembrança daquela bebê de pele rosada; de cabelo liso, preto, abundante. Também foi marcante um novo cheiro que habitava o ar: o de ternura. Como podia existir um cheiro de ternura? Existe. É o cheiro da Eva. Assim minha filha chegou ao mundo: de forma arrebatadora.

E junto com toda essa intensidade, meu primeiro grande desafio: amamentar. Logo percebi que, apesar das campanhas de amamentação mostrarem sempre mulheres lindas, sorridentes, com os cabelos penteados, com seus bebês mamando como bezerros num fundo cor-de-rosa, a realidade não é bem assim.

A amamentação não é um processo simples. Exige conhecimento, perseverança e resiliência.

Na primeira mamada da Eva, meu mamilo direito fissurou. No terceiro dia, o outro. Dar de mamar nessa situação me fazia ver estrelas de dor. No quarto dia, meus seios já estavam muito feridos.

A essa altura, já tinha exigido o complemento (leite em pó). Para mim, aquilo não fazia mais sentido: amamentar a custo da minha sanidade mental.

Com orientação correta e muita determinação, em três dias meus mamilos estavam quase bons. Enquanto isso, minha bebê mamava a fórmula, sem problemas. No quinto dia, colocamos ela de novo no peito, e foi a glória! A Eva mamou. Aquilo tinha significado de vitória.

No entanto, com menos de um mês, meu leite secou. A razão: minhas glândulas mamárias não são boas produtoras de leite. Ao contrário do que a “patrulha da amamentação” prega, essa questão das glândulas mamárias é real e deve ser considerada.

Então, com a consciência do dever cumprido, fiquei na fórmula. Chegou a resiliência. O mais importante é ver minha filha saudável! É fazer todo o processo com amor, seja como for.

*Carol Lima é apaixonada pelas letras. Jornalista de formação, faz uso da palavra para traduzir um pouco do que representa, para ela, a experiência da maternidade.

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