Como é difícil mudar!
Grazy Paiva
A maturidade já bateu à minha porta tem tempo! Sou grata por tê-la deixado entrar. As mudanças aparecem em pequenas atitudes. Tantas ‘coisas’ que não fazem mais sentido. De repente, me desvencilho dos rótulos! Penso: “Eu mudei mesmo”.
Quando percebi essa mudança? No momento que comecei a me expressar melhor, a escrever o que está aqui na minha cabeça, mas a real mudança foi quando comecei a falar NÃO, e como falar NÃO me liberta! Liberta-me de tudo aquilo que deixei para trás! Liberta para prosseguir!
Porém, ainda fico um pouco temerosa, e com isso velhos hábitos tendem a voltar. Questiono porque eles voltam. Percebo que fazem parte do ciclo…
Falo comigo mesma várias vezes ao dia. No começo, pensei que seria aquelas velhinhas que ficam conversando sozinhas na rua e, pensava: “Coitada conversa sozinha.” Sim, serei essa velhinha!
Hoje os questionamentos me intrigam, impulsionam e me fazem mudar. Ainda não sei se para melhor, torço para que sim. O único problema é que nem todos percebem essa mudança e me instigam a pensar que continuo a mesma.
Na verdade só eu tenho ciência da mudança e agora pouco me importa o que os outros pensam a respeito, porque agora sou quem sou, sei que agora mereço estar onde estou. Sei que a estrada foi longa e tenho absoluta certeza de que ainda tenho muito a caminhar para aprender a sobreviver num mundo que parece que está do avesso. Ou talvez seja eu que resolvi virar do avesso e ver tudo de outra forma. (Essa sou eu conversando comigo mesma…)
Só sei que mudei e ando muito feliz de ter encontrado essa outra pessoa em mim. Estamos bem, uma hora eu volto a me encontrar, talvez seja um encontro rápido, ando bem com esse novo eu. Velho clichê, mas mudar é preciso de tempos em tempos!
*Grazy Paiva escolhe palavras para definí-la: curiosa, corajosa, amiga, palpiteira (tem que ser sincera né?) e feliz! Prefere livros do que TV, uma boa conversa do que assistir a um filme, se tiver acompanhada com uma taça de vinho, e, lógico, viajar.