O cavalheirismo dos tempos antigos

Foto: Pixabay

*Bernardo Vento

Você algum dia já parou para pensar sobre gentileza? Eu já. E confesso que a falta dela é uma das coisas que mais me incomodam no dia a dia. Mas, antes de estendermos o assunto, eu quero deixar bem claro que este texto é para você, homem, que está em um relacionamento.

Sabe o que mais observo quando te vejo em um restaurante, cinema ou shopping? O quão gentil você é com sua amada. Onde estão vocês para abrirem as portas dos carros, puxarem as cadeiras, ajudarem a subir ou a descerem as escadas? Onde? É impressionante ver como perdemos essa mágica que eu sempre admirei quando via novelas e filmes de época. E me pergunto o porquê.

Se um homem se porta como um cavalheiro diante de sua ficante, namorada, esposa ou o que for, logo é taxado de brega, de sem noção. Na minha visão, esses adjetivos são de quem prefere ficar na caixinha do machismo, pensando que isso não é coisa de homem, que mulher merece ser tratada como uma peça ou um objeto, o qual você pega, usa, devolve…

Recentemente, ouvi de um padre algo que traduz em parte a realidade das mulheres: “Vocês sonham com um cavalheiro. Porém, com o passar dos anos, ele vai embora e fica somente o cavalo”. E é o que me parece todas as vezes em que paro para observar. Não sou pessimista. Sei que não são todos os homens que agem assim. Mas me entristeço quando vejo um dos meus dar aquela “pisada na bola.”

Cresci vendo meu pai paquerando minha mãe todos os dias. E, por isso, coloco em prática o que aprendi desde que me entendo por gente. Minha esposa não pode reclamar (rsrs). É um exercício diário. Exige cuidado e atenção.

Ainda há tempo. Comecem o quanto antes. Sejam gentis com suas amadas. Elogiem, puxem quantas cadeiras forem necessárias para elas, levantem-se quando elas saírem, mostrem amor e afeto nos mínimos detalhes. Sejam respeitosos. Tua mulher não é um troféu. É uma conquista. Percebe a diferença?

*Sou o Bernardo. Goiano/brasiliense. Jornalista. Canceriano. Levo as emoções a sério. Observador. Gosto de casa e mesa cheias de histórias e de afeto.

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