Me permita refletir…
Não é preciso abrir as portas ou janelas para termos a certeza que vivemos tempos difíceis e dolorosos. Não precisamos “abrir” mais nada, até para aqueles que ainda vivem em uma superfície de confortáveis ilusões, é possível sentir, algo não está tão bem assim.
Em tempos que não olhamos mais pra frente, não elevamos nossas cabeças para o Alto, quase não apreciamos e nem respiramos ou suspiramos. Olhamos pra baixo, não vemos mais nada, olhamos em direção a tela de um equipamento, olhamos em direção ao nosso próprio centro, o nosso umbigo.
Em tempos de dores, choros, doenças emocionais que vem devastando o mundo particular e as relações tão desejadas de forma saudável, mas estamos adoecidos, como poderíamos?! Um tempo em que somos CONVIDADOS a reconfigurarmos o nosso sistema interno, tão perfeito e tão genuíno. São tempos novos, quem diria, quem iria prever?
Algumas pessoas sabiam, fomos avisados com amor, amor de Pai e Mãe , OLHEM PARA O OUTRO… empatia em tempos tão difíceis. Aquela velha história, não vamos por amor? Resta a dor! Em tempos de distanciamento social com a tela na mão, não é estranho que em quarentena não sintamos confortáveis? Já não era assim que vivíamos? Distantes, corridos, nem nos olhávamos mais!
Já não nos abraçávamos, beijos? Cheiro? Toque? O que é isso? Não é estranho?
Estamos “trancados” em casa com o nosso “mundo” nas mãos. Porque o desconforto? Vou encarar tudo isso com olhos voltados pro alto, reforçando uma fé que vez ou outra a perco por aí, entre fantasias e alucinações coletivas.
Vivemos em tempos difíceis e ainda assim nos recusamos a entender o básico da vida e a lição mais difícil… “Ame uns aos outros… como?” Me permita regredir. Quero voltar pra essência de onde vim! Olhar pro alto e evitar tropeçar em MIM (ego)!
*Dalila L. é ariana, intensa. De tanto se perder, fez morada nela mesma.