Escrever cura, posso provar…
É possível registrar uma evolução física, emocional e espiritual? É possível obter provas concretas desta evolução e ainda obter respostas? A escrita realmente pode ser curativa? Para todas essas questões a resposta é SIM.
Existe mesmo um fundo no poço onde nem a esperança consegue chegar? É possível estar tão desesperada que fazer um trato com a vida e dar-lhe um ano para receber um sinal, seja a sua única saída? Uma pessoa imperfeita e “desajustada” pode solicitar tal trato? A resposta é de novo SIM.
Depois de um transplante de medula óssea autólogo o meu organismo precisou reiniciar o sistema imunológico, nada permaneceu igual.
Toda a minha vida precisou ser analisada e reescrita. Aos 37 anos eu tive que me desprender de tudo o que eu achava que sabia, era e queria. Tive que romper com todas as expectativas pessoais, sociais e recomeçar.
No dia 03 de outubro de 2016 eu comecei uma jornada da qual nada sabia. Sentei no meu computador, escrevi 1/365 dias e comecei um diário de autoconhecimento, de confissões e de busca desesperada por um propósito de vida sem precedentes. Escrevi um dia de cada vez e POR DENTRO DE MIM obtive as primeiras respostas. Renovei o trato por mais um ano.
Mais uma página em branco, de novo 01/365 dias. Vontade de desistir, dias bons, ruins, péssimos e ótimos. Escarafunchei todos os meus becos. SOBRE MIM encontrei as minhas respostas. O trato foi renovado por mais um ano…
Como se roteirizado pela vida, o terceiro diário é a última parte da jornada. Depois de corpo e mente, eu estava preparada para lidar com a alma. PARA MIM torna-se a conclusão de uma das maiores e mais intensas aventuras da minha vida. Em três anos e três diários eu fiz uma viagem no tempo.
Hoje, em posse dos registros de cada passo, sem máscaras ou filtros, vejo o tamanho da conquista. Entre centenas de lições sinto-me como uma prova viva de que escrever salva e muito além disso, escrever cura.
*Meu nome é @patriciafernandes_escritora, moro em Curitiba/Paraná. Tenho 42 anos, sou arquiteta, matemática, borderline, esposa, filha e mais um par de coisas, mas o que faz a minha vida ter sentido é ser escritora. Tenho dois livros publicados e para mim ser escritora é a prova de que o ser humano é capaz de voar. Ler é inspirar, escrever é expirar, enquanto eu viver, este é o meu respirar…
