Deixa o celular, vem conversar!

Foto: StockSnap

Domingo, 20h. O fim de semana foi ótimo e, infelizmente, já está acabando. Chego em casa e ligo a televisão para para me informar, já que não acessei nenhuma rede social e nem assisti programas jornalísticos nos últimos dois dias. Preciso saber o que está acontecendo e entender o que os colegas do trabalho vão comentar no dia seguinte.

Como o programa ainda não começou, desligo a tevê. Começo a conversar, abro uma de minhas cervejas preferidas e esqueço a televisão, as notícias. Vou dormir sem saber qual foi o grande furo jornalístico do dia. Na segunda-feira, me sinto um ET pousando na terra. Fico pensando onde eu estava para não ter ouvido sobre o prédio que caiu ou o último escândalo da política.

Claro que cada fim de semana é diferente do outro e se me desliguei no último, talvez tenha que ficar conectada no próximo. Mesmo assim, o importante é escolher o momento de ficar desconectado, sem ouvir música, assistir vídeos, ler mensagens e ver fotos nas redes sociais.

Parece impossível para muitas pessoas, que não desgrudam do telefone e buscam desculpa para não ficarem sozinhas e pensarem na vida. O que aconteceu na semana? Eu fiz o melhor/certo? É básico, mas vejo muitos que não querem ter tempo para isso ou nem percebem o quanto estão dependentes.

Hoje quase fui atropelada por um rapaz que digitava enquanto pedalava uma bicicleta de entregas, daquelas com uma caixa enorme na frente.

Ele vinha pela calçada estreita enquanto muitas pessoas caminhavam em sentido contrário. Pareceu assustado quando viu os pedestres andando no lugar reservado para eles. Não era para ser o contrário?

Agora virou moda digitar enquanto dirige, pedala, caminha ou anda de patinete (a última moda em São Paulo). Isso sem falar das pessoas que atravessam a rua olhando para o celular. Além do perigo, acho muito estranho quando vejo grupos de amigos ou casais que não conversam porque estão muito ocupados olhando o telefone.

Fico pensando como serão as gerações futuras. Sento e peço a opinião de quem está ao lado. A pessoa abaixa o celular e começa a conversar. Adoro!

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