A razão e a arte de nos ensinar

Foto: Depositphotos

*Sofia Correia

Às vezes, mesmo diante de um dia agitado, nos deparamos pensando em algo ou alguém que, de uma forma ou outra, marcou a nossa vida.

Inconscientemente, nos encontramos olhando para aquela foto ou talvez aquela conversa, seja ela recente ou não, de modo que sentimos uma enorme vontade de mandar um: “Oi, tudo bem?”, “Como foi o seu dia? “, “Lembrei-me de você. Senti saudades”. Tudo para nos aproximarmos daquela pessoa.

Pois bem. Exatamente a situação em que me encontrei hoje. À vista disso, me questionei: “Afinal, o que devo fazer?”. Sempre fui o tipo de pessoa que dificilmente age somente com base na razão. Ao contrário, considero que sou movida pela própria emoção.

Contudo, hoje, posso dizer que a emoção intensa que há em mim, não quis “despertar”, digamos que ela tirou o seu dia de “folga”. Verdadeiramente, usei tanto a razão que, em decorrência dela, deixei de encaminhar a mensagem a alguém com quem tanto queria conversar.

Mas tudo isso por quê? O que a razão me disse? Bom, primeiramente, ela me fez questionar o porquê daquela mensagem. O destinatário realmente merecia recebê-la? Quais seriam as possíveis consequências do seu envio? Como eu me sentiria após encaminhá-la?

Enfim, após um grande conflito com a minha própria mente, em meio a tantos questionamentos, percebi que a razão estava tentando me mostrar que: (i) é errado valorizar algo ou alguém sem haver uma reciprocidade e (ii) gostar de alguém não pode implicar no abandono do amor próprio.

Confesso que vejo a razão quase sempre como uma vilã, mas hoje, acertadamente, ela exerceu o seu papel de professora, com direito a dever cumprido.

*Me chamo Sofia Correia, sou estudante de Direito e venho aqui, carinhosamente, compartilhar com vocês um pouco do que há tempos guardo comigo. Conheci o Vida de Adulto por meio do Instagram e me encantei ao ler os relatos aqui compartilhados. São textos inspiradores que nos aproximam, pela leitura, das pessoas que os escrevem. Quando adolescente, aliás quando pré-adolescente, lembro-me que fazia vários poemas para pessoas que eu gostava. Me sentia aliviada a cada poeminha que escrevia. Em alguns casos, até entregava. Mas confesso que durante um tempo essa vontade de escrever ficou um pouco adormecida. Porém, essa semana, senti vontade de desabafar em palavras o que gritava dentro de mim. Assim, compartilharei com vocês o meu primeiro texto aqui no Vida de Adulto.

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