Feminismo tóxico

Foto: Arquivo pessoal

*Caroline Guedes

Tem um tempo que observo e falo sobre masculinidade tóxica e feminismo tóxico. São temas diferentes, mas no caso me peguei analisando o feminismo.

Há homens que chegam na vida como caminho, para fazer de uma passagem. Não estou falando só de relacionamento romântico, estou falando da vida.

Desde a infância, tive convivência com homens não ligados a minha família que me abriram caminhos de acolhimento, formação de caráter e referência do masculino saudável.

Já na faculdade de engenharia, um mar de homens com os quais convivi me fizeram aprender que eles sonham, sofrem, se decepcionam, idealizam da mesma forma que nós e se apaixonam erroneamente também… E que muitas vezes não permitem que eles demonstrem o quão amorosos e sensíveis podem ser e o quanto se sentem feridos nas relações.

Como profissional, tive um mestre que ao longo da convivência me ajudou ser a profissional que sou, mas abriu os olhos para me ajudar na mudança como ser humano. E aos ex-amores como meu primeiro crush da foto – não sei nem o nome – não posso falar mal ou bem. Tudo que vivi com esses ex-amores me fizeram ser quem eu sou hoje.

Alguns homens amei e alguns odiei. Se tenho autoconfiança desenvolvi convivendo com alguns deles, se busco ser minha melhor versão alguns me mostraram o que quero ou não para minha vida.

Amar quem eu sou pela convivência com o masculino está na contramão de frases tóxicas em que nos dividem entre bem e mal. Já me falaram que defendo os homens demais e eles não precisam. O feminismo tóxico também nos impede de combater a masculinidade tóxica.

Vejo homem em relacionamento abusivo, vejo se manterem em empregos falidos, vejo homens se intoxicando emocionalmente e fisicamente para manter a masculinidade. Sacrifícios em nome de uma masculinidade que em muitas vezes nem atende a alma deles.

Entendo feminismo tóxico quando nos privam de ver e sentir a beleza de podermos ser quem somos em essência, isso inclui nos valorizar simplesmente pelo nosso ser quem somos devido a convivência com o masculino.

*Caroline é uma apaixonada pela vida, astrologia, viagens, autoconhecimento, mas com paciência em edição limitada.

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