Bio-grafia
— Qual seu nome?
— Liz.
— Só Liz?
— Sim, só Liz.
Nome pequeno, feito sob medida para mim – fácil de falar e escrever, difícil de definir.
Cresci ouvindo assim. Não entendia muito bem porque sempre me perguntavam. Nome de gente tem que ser grande e complicado pra ser entendido? Minha mãe contava motivo de nome pequeno nos quatro filhos – para não ter apelido. O certo é que, em quase todos os lugares, eu era única. Não havia duas Liz.
Quase nasci em Brasília. Mas meu pai, jornalista, capoeirista e amante da Bahia que sempre foi, não se conformou em ver sua filha primeira nascer longe da terra de Jorge Amado. Correu para Salvador e cá estou há quatro décadas (tudo isso, já!?). A Bahia vive a me encantar!
Gosto do meu trabalho. Encaixo-me onde me couber. Adapto-me a qualquer situação. Mas brilho nos olhos está nos desafios e na liberdade de atuação. Aliás, liberdade sempre foi minha palavra preferida. Embora muito cedo, já prevendo minha alma liberta, a vida tenha me colocado em caminhos onde quase sempre me deixei ficar, com mais sonhos do que coragem de lutar.
Das sementes que plantei, muitas me fizeram amadurecer sem que tivesse tempo para pensar. Estudei administração, sem saber ao certo o que iria encontrar. Descobri caminhos de identificação com universo de números e estratégias. Segui a me aprofundar. Mas gosto mesmo é de viajar, ir ao teatro, ler poesia, de café, escrever e conversar.
O tempo me estendeu tapete, nem sempre de calmaria.Mas graças a ele, hoje encontro a paz em orvalho da noite que existe em mim. Sou de pouco badalar. Prefiro livros e pelo mundo das letras, sem rumo, vaguear. Já fui tempestade, hoje sou brisa, em doce serenar. Escrevo para deixar ao mundo palavras que possam tocar o coração das pessoas e fazê-las pulsar.
Escrevo deixando o pensamento fluir.
Um dia serei passarinho e voarei entre estrelas e nuvens
A planar por aí.
Um dia criarei asas e voarei alto,
No céu azul a sumir.
Alcançarei meus sonhos
Sem nada me impedir
E no infinito, em voo leve
Seguirei a sorrir.
*@liz.em.flor, mulher, mãe, profissional, sonhadora. Qual papel mais me define? Nenhum deles. EM essência, sou só Liz e me vejo flor em eterno desabrochar.
