O Recursos Humanos da vida

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Foto: Pixabay

*Juliana G. Ribeiro

Eu acredito que há pessoas escolhidas para nos ajudar e orientar nos momentos que mais precisamos. Não sei quem é o chefe de Recursos Humanos que faz essa seleção, mas esse processo seletivo é muito bem feito.

Às vezes, essas pessoas entram e passam por nossas vidas de supetão e nem aparecem mais. Outras vezes, elas já fazem parte de nossa rotina e talvez, por isso, acabamos nem prestando muita atenção a seus comentários.

O fato é que tudo pode mudar para sempre por causa de uma palavra ou gesto, um conselho despretensioso ou um comentário banal.

As coisas acontecem tão rápido que, geralmente, só percebemos a grandeza da mudança muitos anos depois e, infelizmente, nem sempre conseguimos agradecer o que a pessoa fez, mesmo sem querer. Eu tenho várias histórias assim, mas destaco duas:

Quando estudava na Universidade Federal de Goiás, um dia estava na fila do Restaurante Universitário com uma amiga e vimos um cartaz sobre o concurso público que seria realizado pela instituição. Minha amiga disse que ia se inscrever e me perguntou: “Por que você também não faz?” Na hora, eu disse não. Lembrei que tinha outros planos de vida que não incluam um emprego público.

Acabei fazendo o concurso e sendo aprovada, junto com ela. Trabalhei sete anos na universidade e, dessa época, guardo muitas coisas boas. Não me esqueço que talvez só tenha vivido essa fase por causa do comentário dela.

Outra vez, já morava em São Paulo e estava de mudança para Brasília.

Um dia perguntei ao meu chefe se ele sabia de alguma vaga na cidade, já que ele conhecia muitas pessoas no local. Ele pensou uns segundos e me perguntou: “Você não conhece a Maria? Soube que ela está em Brasília”. Era uma amiga da minha amiga, que eu não encontrava há anos.

Mesmo assim, consegui o contato dela e mandei e-mail, sem muita expectativa. Para minha surpresa, ela respondeu e foi extremamente gentil e receptiva. Me indicou para uma vaga na qual acabei ficando muitos anos. Foi mais um período marcante, que talvez não tivesse acontecido se ele não tivesse dado a dica.

Por isso, fique atento aos sinais que a vida te dá. Eles estão por toda parte, sendo de Recursos Humanos ou não. E não esqueça quem te ajudou. Esse meu ex-chefe, reencontrei pelo Facebook mais de dez anos depois e contei essa história. Me senti muito bem em repassar minha gratidão. Experimente fazer o mesmo. É revigorante!


*@julianagribeiro.jornalista é jornalista e uma das fundadoras do Vida de Adulto.

2 thoughts on “O Recursos Humanos da vida

  1. Pessoas certas, nos momentos certos, também passei por isso, acredito que são pessoas providenciadas por Deus para nos ajudar

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