Home Office: o despertar da minha necessidade social!
Olhando para a foto que ilustra o texto de hoje, lembrei-me da vontade que estou de sair de casa, abraçar as pessoas, almoçar em um restaurante ou até mesmo ir à academia. Parecem coisas bobas, mas nos últimos dias minha rotina foi alterada e pude perceber que preciso de pessoas à minha volta.
Sinto falta de gente, da troca de olhares nas ruas, do afago amigo e até das anotações feitas em minha agenda, que desde o dia 13 de março, está sobre a minha mesa de trabalho.
Mas qual o motivo de todo o distanciamento social?
Enfrentamos dias atípicos desde a “chegada” do COVID-19 ao Brasil. O vírus que tem deixado o mundo sob alerta afetou drasticamente minha rotina.
As atividades, antes no escritório com quase 200 pessoas, ganharam novo rumo. Hoje, passo 100% do tempo em casa, em meio ao caos da minha mudança de apartamento, em um espaço reservado ao Home Office (trabalho de casa). Meus companheiros para o almoço ou o cafezinho da tarde passaram a ser a TV e o celular. Nada de coworkers…
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O isolamento protege a mim e aos outros, além de mostrar-me que pensar exclusivamente em mim não é suficiente; que lavar as mãos, evitar aglomerações e outras coisas, diz mais sobre a minha preocupação com o próximo do que com o meu “umbigo”.
Sim, o Home Office tem suas vantagens.
Ganho tempo por não precisar me deslocar até a empresa, sinto-me mais produtiva, não chego atrasada e estou no conforto do meu lar. Sim, as pessoas não compreendem que estou em casa, porém trabalhando e, por isso, não posso sair a hora que decidir e que tenho uma carga horária a cumprir.
No entanto, toda a situação tem me mostrado como é bom compartilhar. Dividir informações, falar sobre as notícias do cotidiano, conversar com a amiga grávida, enxergar sorrisos no transporte público, ler um livro no trajeto entre minha casa e o trabalho, ter com quem almoçar e por aí vai. Sinto falta. Muita falta e percebo o quão necessário o “coleguinha” ao lado é em minha vida!
*@carlacaroline25 é colaboradora fixa do Vida de Adulto. Escreve aos domingos, a cada 15 dias.