Não me cobre…
Estava almoçando com uma amiga, quando o assunto “cobrança” afetiva veio à tona. Logo lembrei que sou uma amiga bem “relaxada” e que, para mim, está “ok”. Explico…
Sempre que alguém me “cobra” por não ter ligado ou mandado um WhatsApp, a primeira frase que me vem à mente é: “Oxeeee, se você sentiu minha falta, por que não tomou a iniciativa?”.
Isso significa que não amo ou que não nutro afeto? Não. Inclusive, quando sinto necessidade de tal contato (pode ser uma vez por ano? Pode) o faço. Enfio um meme, um áudio e até o famoso “Oi, sumida (o)”.
Mas se sei que a pessoa precisa de mim para qualquer coisa, fico totalmente disponível. Se recebo uma mensagem sobre a conquista de alguém, vibro como ninguém.
Sou empolgada. Porém, não “cobro”. E não suporto que me imponham isso.
Tenho uma amiga de mais de 20 anos, mas não nos falamos todos os dias. Já teve épocas de falarmos após uns seis meses. No entanto, sabemos que estamos prontas para rir, chorar e dividir as amenidades da vida. É por isso que dá certo!
“Ahhh… duvido que você não cobre uma mensagem ou um telefonema”. Você deve estar pensando isso, né? Claro que busco tal atenção. Tenho foco e data específica. Brigo quando minha mãe fica uma semana sem procurar a filha dela e exijo que um núcleo restrito e seletivo se lembre do meu aniversário. That’s it!
Ao final do papo, percebemos que essa “cobrança” deixou de fazer parte das nossas vidas. Não cobro amor do próximo e não quero que me cobrem também. Já bastam os boletos que devem ser pagos…
*@carlacaroline25 é jornalista e colaboradora fixa do Vida de Adulto. Veja Quem é Carla Caroline.