O lado cheio do copo
Todos estamos em adaptação constante e a “Era Corona” veio meio que esfregar isso em nossa face. O período chegou para mostrar que o desenvolvimento dói, mas que podemos tirar lições valiosas disso tudo.
Passo por fases ao longo do processo.
Há dias em que acordo bem, disposta, grata e com vontade de sorrir para as paredes. Em outros, gostaria de deitar em posição fetal, chorar, reclamar e fazer aquela típica birra infantil.
Hoje, por exemplo, estou a madame “gratiluz” e olhando todos os “copos meio cheios”. Ao acordar e meditar, percebi que tenho mil razões para estar feliz e não me culpar por isso. Sim, felicidade em tempos de quarentena gera culpa.
Afinal, por qual motivo se está todo “serelepe” enquanto vidas estão sendo ceifadas?
Para mim, o primeiro motivo é: acordei e estou respirando (ao menos hoje).
No entanto, mesmo diante de tudo, nos últimos dias consegui reconhecer e valorizar coisas mínimas.
Pude agradecer ao café da manhã em família; aos abraços e beijos da minha filha ao longo do dia; à TV ligada 24h em canais infantis e longe das más notícias; poder ligar e ficar um lonnnnngoooo tempo falando com a minha mãe e, claro, o ganho de tempo, já que trabalhando em home office estou livre das duas horas gastas com deslocamentos.
Ahhh… meus caros, como é bom parar, silenciar e sentir a brisa. É um momento único em que o “copo” que estava meio vazio e rachado, se revigora, fica novinho e fica recarregado de bons fluídos! Experimentem…
*@carlacaroline25 é colaboradora fixa do Vida de Adulto. Escreve aos domingos, duas vezes por mês.