Em doce
Entre o doce e o salgado, sempre escolho o primeiro. Gosto de sentir cada toque do sabor na língua e a sensação de êxtase provocada. Afinal, dizem que os efeitos do açúcar no cérebro são similares ao de drogas estimulantes.
Bem doce. Gosto do doce bem doce. Daquele que chega a deixar a pele suada e que dá certo arrependimento. Nos ensinaram que sentir prazer é errado, não é?
Chocolate. Bolo. Torta. Sorvete. Cookies. Escrevo, “sinto” o cheiro e bate o sentimento de estar falhando. O motivo: os itens não constam na lista da nutricionista. Porém, podem ser ótimas indulgências.
Pode ser baratinho, vendido no supermercado ou um item requintado, cujo valor não cabe no VR (vale-refeição). No entanto, precisa despertar memórias afetivas e trazer boas energias.
E, por falar em indulgências (para mim, doces são indulgências), num ano como o que passamos foram os doces que deixaram tudo menos desafiador. Não apenas aqueles que mordi, mastiguei e engoli. Mas, principalmente, os momentos em que o amor, o carinho e a docilidade estavam presentes e transformaram os dias, os lugares e as relações.
*@carlacaroline25 é colaboradora fixa do Vida de Adulto. Escreve aos domingos, duas vezes por mês.